5/31/2010

Quase nada



O vento ia afastando as coisas, primeiro as mais leves, depois algumas mais pesadas. O almoço estava envolto nessa brisa selvagem como se os deuses visitassem a terra, procurando em fúrias alguém. Eles não falaram muito, olharam-se algumas vezes num olhar que era coberto de lírios e gladíolos a perder de vista. Tinham nos olhos um jardim e nas mãos troncos de árvores. Ela disse-lhe contigo andava pelo mundo todo. Ele olhou e sorriu. A terra tornou-se então do tamanho daquela pequena mesa e a vida tornou-se bem mais simples.

Fotografia - Greg Wittol

2 Comentários:

Isa GT disse...

Simples é coisa que a vida nunca será, pelo menos, para alguns ;)

Edgar Semedo disse...

Uma grande verdade a fazer-me lembrar um poema do Ary dos Santos,

boa semana.

E.

 
 
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