5/10/2010

A sorte.



O ar tinha um odor forte que lhe lembrava a hortelã, um misto de perfume sagrado com um paladar das comidas quentes e fortes da sua mãe. Olhava o céu e lamentava o seu toque de Midas que reduzia a nada tudo aquilo em que tocava. A sua maior desilusão era não criar nada, ou transformar algo bom em algo ainda melhor. Sonhava sempre com a mesma coisa, transformar duas estrelas em dois brincos de luz e depois ficar a olhar para eles infinitamente.

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