Ele disse umas quantas palavras que aquecem corações, não disse outras tantas num silêncio acolhedor que enche uma vida inteira. Riram-se, sorriram e olharam de soslaio um para o outro quando achavam que o outro se distraía e não estava a olhar. Olhavam-se despreocupados, não existia nem relógio, nem dias, nem antes, nem depois. Existiam eles e toda a matéria e anti-matéria à sua volta era o sangue que circulava no corpo e lhes latejava nas veias. Ele continuou a dizer que Lisboa era grande e que tinha o local perfeito para eles os dois, um lugar para sempre. Apesar disso, ambos sabiam que o local perfeito eram os olhos um do outro quando se encontravam de lábios colados, a falar, a não falar, a beijar, a não beijar, a olhar apenas. O amor também se vê, quando é sincero.
11/18/2010
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2 Comentários:
" Ambos sabiam que o local perfeito eram os olhos um do outro".
Por vezes é apenas lá que nos encontramos, nos olhos do outro!;)
Olá,
na maior parte das vezes é assim.
Beijo Helena,
Edgar Semedo.
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