11/20/2010

Táxi.



Entro no táxi, está escuro na rua, os candeeiros são à minha frente grandes bolas de luz que se sustêm no ar por força do vento que corre e me gela o corpo

não sei para onde vou.

O homem do táxi é velho, o bigode é saliente e farto no cara do homem, os lábios finos e de tom escarlate, as mãos velhas e enrugadas. No rádio toca uma música que desconheço

leve-me ao mar.

O carro iniciou a marcha e na minha cabeça os pensamentos foram invadindo todo o espaço vazio. O medo foi tomando forma

sim tenho medos, tenho tantos medos.

a música não parava de tocar e com ela imagens do que foi sendo a minha vida, até aqui. Nunca andei sem destino, protótipo de estúpido mimado de quem todos esperam tudo (menos eu). Eu não sou essa hipotética burguesia que não tem bom gosto para ser nobreza

eu só quero ser feliz, mas ainda não sei como

ajuda-me?

2 Comentários:

Isa GT disse...

Se eu tivesse a receita... dava-a já... a única coisa que sei... é preciso tentar todos os dias, até ao último dia das nossas vidas ;)
Ajuda muito... dar valor ao que se tem no momento e não perder muito tempo a divagar sobre o que não se tem ;)

Bjos

Edgar Semedo disse...

Olá Isa GT,

então vou começar agora a praticar o que dizes, dou valor por te ter por aqui.

Beijo

 
 
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