1/19/2011

Livros.






Não acredites nos livros,
eles mentem, consomem e espelham
a luz dos teus olhos nas páginas.



25 Comentários:

Paasch disse...

Olá Edgar,

Eles mentem tendo em conta a realidade fora deles. Mas não é isso que está em causa, mas a criação de um mundo novo delineado em cada palavra. :)

Cheers!

Edgar Semedo disse...

Olá,

dois pontos de vista:

1º (do lado de quem lê) - Cada vez mais, como já escrevi noutro espaço, ler é olhar por dentro, levando isso às questões do significado e significante das coisas.

2º (do lado de quem escreve) - Escrever é uma forma de prostituição, que consome.

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

Olá,

eu prefiro ver o mundo de outra forma.

dois pontos de vistas:

1º(do lado de quem lê) - Ler é receber, é viver.

2º(do lado de quem escreve) - Escrever é dar, é ser.

e deixa-me que te diga que também vou sendo graças às tuas palavras. :)

Tudo de bom,

Paasch.

Edgar Semedo disse...

Olá Paasch,

sim verdade o que dizes,

mas (1º) viver também é olhar por dentro (leva ao meu 1º ponto)

e (2º) prostituir também é dar (leva ao teu segundo ponto).

Claro que muito mais podia ser dito.

Obrigado pelo elogio, embora (talvez, não sei) considere que não o mereça.

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

Olá Edgar,

eu discordo contigo em pleno.

1º viver é mais olhar para fora do que para dentro. O dentro é alcançável até para quem somente sobrevive.

2º prostituir é dar, mas não tem a mesma piada. prostituir é dar, mas destrói mais. porque tiras a oportunidade de dar mais a outra forma e tiras a oportunidade que outra forma lhe dê mais. não acho a tua escrita uma prostituição porque é demasiado bela.

Mas se acreditas que consegues ainda fazer melhor, então luta por isso.

A vida é feita de ângulos. Tu consideras que não o mereces, mas isso é só um ângulo. Eu vejo doutro e o efeito denota-se no meu ser.

Só te fiz o elogio, porque inspiraste-me novamente.

Tudo de bom,

Paasch.

Edgar Semedo disse...

Olá,

tu levas as coisas de uma forma demasiado literal.

Também acredito que o que afirmei nem sempre seja, mas acredito que por vezes o seja.

Depois,

o que está dentro influencia sempre, condição de sine qua non, o que acontece por fora, nem que seja ao nível da percepção.

Viver é saber que se consegue fazer sempre melhor, quer dizer isso é viver com consciência.

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

não sei, não fiquei convencido. Side qua non?

olá, tudo de bom, paasch.

Edgar Semedo disse...

Sim,

quem eu sou influencia a percepção do outro nessa relação de sine qua non (sem o qual não pode ser).

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

E para ti o que é o qual?

LOL, neste caso não é no google que vou descobrir, LOL.

Nós podemos influenciar, concordo, mas a mente do outro pode estar estruturada noutro sentido. A bondade é universal, mas e depois? Como é que chegamos ao outro se não estamos nele?

E se é assim então influenciamos pouco para o bem e muito para o mal se o outro não se encontra no mesmo universo. Quanto maior a tentativa, maior o erro.

Ou seja, se chegamos à outra pessoa não é por nossa influência mas pelo universo que escolheu um e outro terem a mesma linguagem.

Olá, tudo de bom, paasch

Edgar Semedo disse...

Olá,

falaciosa a pergunta, porém de resposta fácil, pelo que não a vou dar.

Sim, mas o que eu estava a problematizar era a minha relação com o outro e não o contrário.

Depois dizes que a ideia de bondade é universal, será? Quanto à existência de bondade em todo o globo acredito que exista, mas, no entanto, o que não existe é a mesma acepção do conceito/valor. Logo não é um conceito universal, tem uma existência universal com acepções variadas.

As questões da linguagem que mencionaste são questões metafóricas, poderÍamos utilizar outras

Física - os opostos atraem-se;

Psicossocial - a existência do outro dá-me prazer e tenho prazer no relacionamento com o outro, nessa simbiose de dar e receber;

Filosófica - O que é relacionar ou aceitar a individualidade do outro?

mas sabemos que tudo é mais amplo que isso.

Estando, contudo, a forma como percepciono as coisas na génese dessa afinidade, ou não. Ao longo do tempo essa ideia até poderá desvanecer-se, mas que acontece numa forma primária, disso não tenho quaisquer dúvidas.

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

Olá,

não percebi nada. nunca estive bêbado, por isso emprega doses de biberão, s.f.f

Edgar Semedo disse...

Olá,

temo que não consiga ser mais claro,

mas,

basicamente,

a ideia é

a forma como o meu cérebro/psique percepciona e processa a ideia do outro influencia a relação que venha a estabelecer com esse indivíduo (pelo menos, num primeiro momento).

Logo, não tem a ver com o outro, como propuseste, tem a ver comigo, com a verdadeira génese de quem eu sou, enquanto indivíduo global, e a forma como vejo as coisas a partir disso.

Não sei se fui claro,


Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

ó Edgar, mas isso não é um refúgio? Tem a ver contigo mas também com o outro e também com o mundo 1 que interage contigo e o 2 que interage com o outro.

Tu respiras e é o ar que te fornece isso, não é a tua mente.

Um outro A faz-te rir, o B faz-te chorar. Tem a ver com a tua mente, sim, mas podes chegar sempre a um consenso com a B. o A e o B têm braços e pernas, e sentem e olham e vivem. Sim, para ti és tu a pessoa mais importante e isso está certo, mas isso não invalida o mundo interactivo.

E sim, não sei se percebi bem o que disseste e adoraria entender isso. Vais ver que ainda me vais inspirar novamente.

De forma a crescer. :D

Edgar Semedo disse...

Olá,

estamos a falar de primeiros momentos, mas

se a minha percepção de A não for conducente à ideia que tenho de boa pessoa, de certo não haverá oportunidade de

me fazer rir,

muito menos fazer chorar.

Mas o contrário pode acontecer, o facto de B me fazer rir poderá mudar a minha percepção sobre ela. Mas tudo isso são processos internos, individuais.

Sim, o mundo é interactivo e é na base dessa interacção que eu crio o conjunto de conceitos e valores que modelam o meu psiquismo e que de forma implicante modelam a minha percepção sobre as coisas e pessoas.

E sim, sou a pessoa mais importante da minha vida.

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Edgar Semedo disse...

Ah, e quanto ao ar, sim é o ar que me fornece o oxigénio, mas é o sistema nervoso central que me permite ter a autonomia ventilatória.

Logo, esse, é mais um exemplo da individualidade.

Não serve, para teu exemplo.

Edgar Semedo

Paasch disse...

Uma má pessoa já me fez rir e muito. Já me acalmou, e mais do que muitas pessoas sempre esteve ao meu lado.

Para mim má pessoa define-se como aquela que não gosta da maior parte das pessoas e que quando atravessado no seu caminho, acaba por ter sentimentos de ódio. E com eles, acaba por se afastar ou fazer coisas que não deve.

Adoro o verbo modelar e os seus derivados, mais pelo significante que o significado. Embora este seja também interessante.

És a pessoa mais importante da tua vida e todos nós acabamos por ser. É inconsciente, reagimos a esse tal mundo interactivo o melhor que podemos.

Eu prefiro pensar não só em mim, mas também na situação dos outros. Para não me reduzir tanto, não menosprezando contudo a minha essência.

Paasch disse...

e deixa-me que te diga que a música principal do teu blog é das mais lindas que eu ouvi em toda a minha vida.

Edgar Semedo disse...

Olá,

uma má pessoa pode ser, para mim, a melhor pessoa do mundo, e isso tem a ver com a minha percepção, não com a dos outros.

Pensar nos outros é uma prova que consegues efectuar raciocínios abstractos e que o teu desenvolvimento moral te permite colocar e equacionar o sentimento do outro (Só boas coisas, portanto).

Não me chegaste a perceber, mas deixa não tem mal.

Tudo de bom,

Edgar Semedo

Paasch disse...

O meu intuito é mesmo perceber-te para crescer, lembras-te?

Sou de leite e pareces mais crescido. Mais vale crescer no blog com palavras bonitas que a dura vida que me enfrenta.

Por isso tem mal sim e quero entender-te! =D

E se tu dizes que não percebi, é porque não percebi mesmo.

Vou esforçar-me mais, desculpa.

Isa GT disse...

Então... adoro mentiras e consumir os olhos lol

Bjos

100 remos disse...

Edgar:

"uma má pessoa pode ser, para mim, a melhor pessoa do mundo, e isso tem a ver com a minha percepção, não com a dos outros."

You may be a sinner, but your innocence is mine". Certo? bjinho

Edgar Semedo disse...

Olá Isa,

eu também.

Bjo

Edgar Semedo disse...

Olá 100 remos,

exactamente isso. Adora ter esse poder de síntese.

Bjo

Edgar Semedo disse...

Olá Paasch,

não percebo onde entro na equação do teu crescimento. Até porque o que eu digo não é verdade exclusiva, apenas constitui a forma possível que tenho de ver as coisas.

Sem mais,

Edgar Semedo

Paasch disse...

Olá,

o que tu dizes não é verdade exclusiva, pois eu nem acredito em verdades exclusivas. Mas a tua forma possível como é diferente da minha torna-se um cromo novo. Percebes? É como se estivesse a coleccionar cromos numa caderneta e que cada cromo representasse uma forma nova.

Gosto de formas, não de verdades.

Tudo de bom,

Paasch

 
 
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