Para a minha irmã M. A.
As princesas às vezes andam de ténis a combinar com os olhos cheios de luz e com os reflexos de outras luzes que captam para a sua beleza se elevar aos céus. Conheço uma princesa que joga à bola, uma princesa que não tem medo de nada, apenas do escuro e dos monstros que se escondem no escuro. Essa princesa tem um coração em forma de corpo, um coração com duas pernas, dois olhos, dois braços, tudo o que um corpo deve ter e depois tem dentro desse corpo uma ingenuidade que envergonha quem olha. A princesa é tão forte, tão forte, que às vezes chora com as coisas bonitas e tristes, e bonitas, e tristes. Às vezes tem mau feitio, tem muitas vezes mau feitio, mas como tem bom coração todos a perdoam e ela sorri e abana o cabelo vermelho como se estivesse a correr sem parar à volta de um jardim que ela diz não gostar, mas gosta. É uma princesa engraçada e rabugenta, linda no íntimo e todos gostam dela
mas eu gosto mais.
Amo-te daqui até ao céu infinito, e tu sabes que sim.
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