6/03/2011

O tempo.



Não tens nome, isso acontece a quem surge sem se esperar para depois partir. Dois minutos, três no máximo. É isso o tempo, mas há tempo dentro do tempo, como se as coisas passassem em câmara lenta nos momentos que desejamos eternos. Chegaste e não foi preciso fazeres nada para eu saber que tinhas chegado, olhei-te, olhaste-me. Só assim. Depois ficámos e saímos. Eu primeiro e tu depois. Ainda passaste ao meu lado respeitando o cheiro do ar da distância que nos afastava, o mundo que são os meus sonhos e os teus sonhos que não sei quais são. Olhaste-me e falaste com os olhos no céu cinzento que vias do outro lado do mundo, uma terra com nome de heróis e cheiro a sangue e ao pó das capas e ao metal das espadas, eu falei-te do cinzento que está dentro desse céu azul que consegues olhar aqui. Depois passou o tempo e ficou o resto.

0 Comentários:

 
 
Copyright © Palavras minhas.
Blogger Theme by BloggerThemes Design by Diovo.com