7/14/2011

Os dias sem ti.



Há dias em que ficas enorme e depois queimas e inflamas. As tuas mãos tornam-se o amor dentro do amor e imagino-as nas minhas costas enquanto me beijas. Há dias em que estás em toda a parte, como se tentasses dizer que nem a morte te afasta, como se dissesses que o amor não é uma casa que se ocupa mas o corpo que ocupa a casa e que está para sempre, sem escolha, ligado e presente. Os teus olhos brilham e contam histórias e eu oiço-as em toda a parte, como se as paredes me dissessem os teus braços nos meus braços e os teus lábios nos meus lábios e eu dentro de ti e o amor dentro do amor. Mas; há dias em que julgo esquecer-te e esses dias não são felizes, nem tristes. São dias como todos os outros, com menos tempo talvez, são dias sem os teus tempos e os teus olhos e

sem mim. Porque quando te esqueço, no instante momento em que julgo esquecer-te, peço sempre que nesse instante te lembres de mim

e me apareças nos sonhos e me ames e me fodas e me ames e me fodas, ininterruptamente.



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