3/29/2009

não vou falar de sangue




Perguntaram-me se não escrevia sobre pássaros na árvore, sentimentos cor-de-rosa, perguntaram-me se não te amava com corações à volta, tudo bonito como um sem número de cães de loiça enfileirados na estante cor-de-rosa da casa de uma qualquer velha à janela a ver quem passa. Disseram-me para não falar em morte, dizer que a vida é reflexo de um céu que nos espera, com muitos pássaros entre nuvens, onde vive um qualquer cupido apaixonado pela senhora dos cães de loiça, metáfora do amor com corações que me perguntaram se sentia por ti. Acho que não disseram, apesar de eu achar que pensaram, para não falar de veias, as pessoas coram quando eu digo a palavra veias, devem ter medo dos bloqueios, dos acidentes vasculares, têm medo das varizes, principalmente das mentais, dessas que não têm cura. E do sangue, disseram para nem sequer tocar na palavra sangue e logo para mim que o sangue é tudo.

1 Comentários:

Dan Arsky Lombardi disse...

Não sei como vim parar aqui.
Esse texto é inspirador, parabéns!

 
 
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