Belém. Um frio cortante embate no meu peito quente. Sorrio na simetria do passeio, o cheiro quente dos pastéis, Belém, doce Belém. Entro na casa secular, a fila cosmopolita, as pessoas com as maquilhagens, os sorrisos de bâtons e os olhares de sombras, ora escuras, ora claras, as conversas, o amor que ficou em casa a dormir entre os lençois, a puta da vizinha que anda a trair o marido, as conversas, todas, o cinema de ontem, Avatar, grande filme, os óculos em 3D, realidade virtual. Saio sem comer, saio sem beber sequer café, Belém hoje está menos doce.
Fotografia - Autor desconhecido
1 Comentários:
O amor que fica sempre em casa no meio dos lençois. Quando chega à noite vai dormir para o sotão. Longe dos corações.
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