3/30/2010

Adormecer



Adormeço sempre tapado com retalhos de medo, medo aos quadrados, decímetros quadrados perfeitos, uns às bolas grandes, outros às bolas pequenas, uns bem riscados, outros menos, ao tacto uns são suaves e frescos como seda, outros quentes como algodão. Tapam-me todo, e há quem diga

como és capaz? De cabeça tapada, morria.

o que não sabem, é que me tapo todo com todo o medo de não vos ver na manhã seguinte a segredar sorrisos de bons dias, a cantar a alegria de cor lilás.

3 Comentários:

Anónimo disse...

Nunca tinha visto desta forma.
bjx
Helena*

www.palavrasdeumahistoriaincerta.wordpress.com

Nós disse...

Medos? todos temos! Mas contrariando, penso que não os devemos tapar...mas sim destapá-los,mete-los à janela e esperar que uma rajada de vento os leve para bem longe...Viver com medo é viver condicinado!

Edgar Semedo disse...

Os medos têm braços, pernas e falam Nós.

Obrigado pela visita,

Tudo de bom

E.

 
 
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