11/17/2010

Deitados no chão. O amor deles.





Ela gemia nas mãos dele. Os dois estavam deitados no chão como se caminhassem juntos no mundo, os corpos despidos, vestidos de palavras, gemidos, do sexo de um no outro, juntos sobre um céu imenso que ia sendo o conforto. Um conforto negro iluminado por milhares de estrelas, tantas quantos os segredos deles, os segredos que contavam um ao outro em todas as horas que estavam juntos. De pouco em pouco tempo, ele abraçava-a, ela deixava-se levar nesse abraço e o calor dos dois corpos tinha energia suficiente para manter a rotação da terra no seu ritmo certo. Faziam amor e o amor parecia ser feito por causa deles e (mesmo que) se ele dissesse fode-me, ou ela dissesse fode-me, e ainda que algumas vezes palavrões saíssem da boca um do outro, tudo era amor, porque para eles o amor era o que eles quisessem que fosse.

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