Depois o teu silêncio engoliu-te, sem pressas, comeu-te baixinho. Eu ia murmurando sem ter esperança que me respondesses. A noite começou a ser a minha vida toda e tu foste-te desfazendo nas não palavras, nas palavras que inventei imaginando que fossem tuas. Mas, tu não és o que eu inventei, não pertences ao mundo dos meus devaneios, tu és apenas o silêncio que te engole e que me mata a mim, bem devagar como tiros no escuro. Acabámos por morrer os dois, cada um de sua forma, longe um do outro mas com o mesmo sangue quente e vermelho a jorrar daquilo que penso ser apenas um coração, muitas veias e artérias e apenas um coração.
11/04/2010
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