11/03/2010

Rua.



A rua, o espaço negro entre a luz dos candeeiros. Escondi-me lá. Estava frio e o meu casaco de malha forte estava totalmente abotoado. Da minha boca saía fumo branco, o calor era interno e ia aquecendo o frio metálico da rua. Na rua ninguém além de mim, o que é o mesmo que dizer ninguém de facto. Eu esperava-te sem tu saberes que eu te esperava. Foi nesse teu silêncio, na tua ausência imensa maior que a rua e são poucas as coisas maiores que a rua que eu te encontrei por completo. Não soubeste disso. Há muito que tu não sabes. 

0 Comentários:

 
 
Copyright © Palavras minhas.
Blogger Theme by BloggerThemes Design by Diovo.com