12/10/2010

Era só teres dito. Abraça-me.



Era só teres dito, nem precisava de ser alto, abraça-me e eu tinha corrido metade do mundo para o meu corpo encontrar o contorno do teu e ficarmos juntos como um só, no meio da rua a ouvir a chuva, a olhar o mundo que é nosso (mas de ti só tive silêncio). Se disserem que não sofro por isso, enganam-te. Tenho esse egoísmo de querer essa tua mão a puxar por mim, as palavras recortadas a saberem a lilases e lírios, os olhos a olhar por dentro como se me vissem a alma e a fazerem brilhar o sol que a tua presença faz crescer junto ao meu coração, como se o aquecesse. Mas esta solidão consome-me, como se envelhecesse na tua ausência, por não absorver o teu riso, por não viver a vida a teu lado e tudo é enorme sem ti (enorme e incrivelmente frio; a começar por mim).

2 Comentários:

Nós disse...

De tanta ausência, até já tenho cabelos brancos!:(

Edgar Semedo disse...

Olá Helena,

mais uma vez não sei que te responda.

Beijo

 
 
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