1/01/2011

O fumo. A multidão. Os balões. Eu.



O céu azul escuro. O calor do corpo, o branco da camisa, as cores todas. O túnel, as mãos, os braços, as pernas, o perfume. O fumo branco, cinzento, a prata nos olhos. Depois as pessoas a lembrarem-me a beleza da solidão de quem está com poucos, a lembrarem-me a certeza de se estar bem no meio da multidão de sorrisos estranhos, de alegrias não minhas; estar onde devo estar. A beleza que têm certos sorrisos, o quente dos corações. Os copos com venenos a tomarem conta do corpo, a mente a andar ao ritmo da vontade das aurículas e ventrículos. Os balões. A infância. Os papéis, sempre papéis por todo o lado. Papéis que não ardem. Eu, sempre eu. Se perdi? Não, ganhei. Ganho sempre.

2 Comentários:

Isa GT disse...

Ganhamos sempre... nem que seja juízo ;)

Bjos

Edgar Semedo disse...

Olá Isa,

e às vezes é mesmo juízo aquilo que precisamos de ganhar.

Bjo

 
 
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