1/26/2011

O papel.


(em papel amarelo, com cola na extremidade)

Não pude ficar. Desculpa. Quando acordei ainda estavas a dormir, o teu corpo enrolado nos lençóis como se tu próprio fosses a continuação do sono. Sorrias. Sorris a dormir, sorris a sonhar. És querido por isso e por tanto. Não esperes que te diga isso. Não sou de dizer coisas, mas isso tu sabes. Levo comigo o teu cheiro. Sim, é um roubo

(do outro lado do papel)

não me culpes por isso, tu sabes que gosto de te ter perto de mim, nem que seja assim. Não sei quando volto, não sei se volto mas quando vier será como se tivesse sido sempre. Continuas a sorrir. Será que sonhas comigo? Eu sonho contigo. Às vezes até sonho acordada.
 
 
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