1/08/2011

O túnel.



O aperto do nó da gravata, a camisa (a vontade de queimar), os livros, as páginas rasgadas, os nomes, o peso das penas, as asas, a palavra voar em tinta invisível tatuada na pele. A luz da rua, os brilhos, tudo a aquecer a roupa, o corpo por baixo da roupa, o coração por baixo do corpo, o teu nome. O coração pequeno moldado à força do vento, da tristeza, da tristeza imensa que tem todo um túnel infinito onde não existe luz, onde não existe princípio, onde não existe fim, onde o aperto do nó se torna mais forte, onde a vontade queima, os livros restolham as páginas, as penas não têm peso, onde as asas não servem para voar, onde tudo não termina no teu nome, no teu cheiro, no teu sorriso ou no teu abraço que eu julguei infinito a par do túnel.

2 Comentários:

Isa GT disse...

Nem o túnel é infinito... felizmente que nada é infinito :)

Bjos

Edgar Semedo disse...

Então porque é que existe tanta coisa a parecer infinita?

Esse é o meu dilema de hoje!

Beijo e bom fim de semana.

 
 
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