2/04/2011

As minhas asas. A rua com o meu nome.



O coração fora do corpo. As asas nas costas, as minhas asas negras a susterem o meu corpo no ar, no meio que existe entre a terra e o céu. O céu iluminado pelo brilho dos teus olhos que encontram nos meus a energia suficiente para fazer acontecer luz em todas as coisas.


Voo para a rua que disseste ter o meu nome, o teu nome.


A rua onde podemos existir sem que o resto exista para nós, onde tudo pode acontecer à nossa volta sem que aconteça, para que digas

perco-me nas tuas asas, para depois me perder contigo,

e eu beijar-te no silêncio que acompanha as coisas importantes.


Depois podemos ficar juntos, comigo a adormecer a escutar-te o peito, e tu sem dormires com o meu coração nas mãos a velares por mim a noite toda.

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