Não te lembro na rua direita, e era a única rua onde podia pensar-te amiga rebelde. Se houvesse uma rua seria essa, assim não temos rua, nem uma memória para a podermos assassinar, memória inútil do que não existiu, fora isso temos todas as memórias do mundo. Admiro-te, sabias? Mesmo que não saibas, ou saibas, irei sentir o mesmo, por isso pura retórica de miúdos de dez anos aprendizes do mundo, onde a altura é tudo o que importa. Nós, altura já temos, agora, só nos falta o mundo, a sorte é já termos companhia.
Prometi-te um texto, dou-te o sentir, aceitas? Desculpa a demora minha amiga rebelde.
2 Comentários:
Não me lembras na rua direita porque ela não soube dar-te recordações de mim.
Andei muito por lá. Gritei "vivas". Descalcei-me e viajei. sim, viajei sobre uma calçada gasta pelo tempo, que não teve tempo de se dar a nós.
Um beijinho.
De: Helena [Num mundo pequeno demais para mim, para nós, rebeldes à procura de uma rua.]
Para: Um amigo***** com um sentir de infinitas estrelas
"altura já temos, agora só nos falta o mundo, a sorte é já termos companhia..."
simplesmente perfeito!
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