5/04/2011

As mãos. Sempre.



tenho nas minhas mãos o peso do mundo. não é coração, nem braços, nem pernas, nas mãos. nas mãos está a força bruta de criar e destruir, assim como nas palavras, como nas palavras ditas pelas mãos que eu interpreto de forma mecânica só de olhar as ruas e as pessoas que andam nas ruas ou as que levitam no ar, como eu. as minhas mãos dizem que não se cerro os punhos ou se viro as palmas das mãos para fora junto ao peito, como se protegesse o coração das espadas e das lâminas finas das coisas ditas, dizem gosto de ti se as estendo à minha frente oferecendo-tas. quando as vires juntas, coloca o teu coração sobre elas, só para lhe sentir o peso, saber de que palavras és feito, ver as imagens que guardas e com as quais cobriste o teu coração como se fossem beijos perdidos que pertencem a cada uma das minhas mãos que te ofereço para as guardares dentro dos teus bolsos, bem junto às tuas. para sempre como nas histórias que leio e releio, passando página por página com a extremidade da minha mão a que alguns chamam dedos.



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